18 de jul. de 2011

SOBERANO

A lua navegava soberana no mar negro sem correntezas de nuvens 
Encantada,  me senti intima a ela a ponto de tentar toca-la com meu dedos
Me enganei em relação a lua, não a toquei e nem ela a mim, estavamos muito mais distantes do que meus sentidos podiam prever
Tinha medo do escuro, até perceber que um súbito fechar de olhos já me colocava diante dele, descobri que assim como o escuro o medo também não esta lá fora e sim aqui dentro, e tudo que esta dentro de mim, pode ser destruído
Nem a lua me foi mais fascinante que vencer o medo, espero que eu não amanheça covarde. 

Um comentário:

  1. Seu texto me tocou tanto. Veio de encontro ao que passei de ontem para hoje. Mas e amanhã?

    Tão, tão perto de mim por estas linhas, diferentemente da Lua.

    "Estou contente por estar perdendo o medo de tentar ser feliz, mais que isso, estou perdendo o medo de provavelmente descobrir que eu nem vou ser feliz".

    Mas fui forte até aqui, mesmo que "até aqui" tenha durado um dia.

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