12 de jun. de 2010

SOZINHA


Ofereço muito ao mundo, peco porque o que ele deseja é o pouco, minha penitencia é a solidão e a incompreensão.
se ao despejar meu infinito ainda deixo o vazio é porque os buracos do mundo é que me desperdiçam.
Queria vender toda a minha espera, ela não serviu-me para alcançar nada, mas não posso vende-la pois já há gastei quase toda, só sobrou a quantidade exacta para todos os meus amanhas.
Já que não podem enxergar meu todo, prefiro oferecer o nada ao pouco, faço isso para que não menosprezem os respingos visíveis, melhor então que não me notem e que esqueçam o pouco que apareceu.
Não digo Adeus, porque de verdade nunca cheguei a viver aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Permita um fragmento seu escorrer até suas mãos e então escreva