4 de out. de 2010

RIOS MEUS E SEUS

Navego em meus rios desde que nasci e ainda há territórios inexplorados.
Para que começar a fumar para depois morrer de câncer, para que ter lembranças para depois morrer de saudades, muitos fumam e morrem de outras doenças, mas você me seria um cigarro fatal, há muita concentração de sentimento, uma tragada me conduziria ao vicio, e o vicio insaciado a morte.
A maioria das pessoas tem medo de acabar na solidão, eu tenho medo de acabarem com a minha solidão, mas as vezes você me faz sentir coragem de correr o risco de não estar sempre sozinha, eu lhe deixaria  adentrar na floresta verde dos meus olhos, penetrar em cada espaço que há aqui dentro, mas a minha coragem de permitir a sua entrada se empequena diante da minha covardia de não suportar sua saída, eu convido e desconvido, mas a verdade é que foi você que até agora não quis entrar, a floresta não pode sair do seu lugar, mas ela esta lhe esperando, os meus pássaros lhe enviaram o mapa de como chegar, os meus vulcões lhe fizeram chamados de fumaça, as meus ventos sussurraram-lhe os meus segredos, mas não posso ser seus pés.

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